Não tem flores, não tem caixa de bombom, não tem mensagem bonitinha que nos faça esquecer que esse dia é dia de luta e resistência.
Luta para se manter viva, lutar para ser ouvida, luta para ser respeitada, luta para ser atendida, luta para proteger e ser protegida, luta para defender e ser defendida, luta para garantir que os seus tenham direito à vida, luta para ter acesso aos direitos básicos do ser humano.
Não tem poema, não tem música, não tem sorriso quando muitas de nós estão tendo que sair de casa levando bomba na cabeça, seja na Ucrânia ou na Cidade de Deus. Não tem festa, não tem homenagem, não tem especial na televisão quando muitas de nós estão implorando por abrigo na Polônia ou na DEAM, porque ficar em casa não é seguro - seja por uma guerra declarada pelo vizinho ou por uma guerra declarada pelo próprio parceiro.
Não tem festa. Nunca teve festa. O que tem é o feminino - cis, trans, não-binário - lutando pra viver.
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